8 de Abril de 1619: Madrugada, leve chuva. Todos à bordo do Corona dormem, menos eu. Não tenho sono, talvez porque eu tenha permanecido mais de 24 horas inconsciente.
Olho para meu abdômen, decido ir trocar o curativo só para ver o estrago causado no momento em que uma espada atravessou o meu corpo. Dor, muita dor e espanto, o buraco está profundo, sem a presença do curativo, o sangue escapa pelo ferimento. O cubro novamente com as bandagens.
Preciso beber algo, pego um copo e uma garrafa com suco de laranja e vou para o convés.
O céu está estrelado, a lua está cheia e a noite está belíssima. A água está calma, uma brisa suave percorre meu ventre e seios desnudos.
Observo o horizonte, no lado oposto ao da posição da lua, e enxergo um navio de velas brancas. Isso pode não ser bom, eles podem nos trazer problemas. Ao menos, não há sinal de movimento lá, não devem notar nossa presença. Até amanhã estaremos distantes; Assim espero.
Algumas hora depois, ainda escuro, estava eu dormindo e meu temor se realizou, ouço o Capitão Joseph gritar: Acordem! Estamos sendo invadidos!
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