20 de Agosto de 1624. - Michael... Eu acho que preciso lhe contar uma coisa.
- Não quero saber.
- Como?
- Foi o que você ouviu, não quero saber de nada que estrague nosso momento. Por favor, mocinha, vamos ficar aqui, abraçados, admirando a natureza.
E assim ficamos, embaixo daquela árvore, namorando, proferindo palavras apaixonadas, um para o outro. Até que chegara a hora de irmos embora. Espero que ninguém tenha percebido que estávamos descumprindo nossas obrigações.
Ao anoitecer, Jack manda um colega nosso nos chamar. De primeira, eu me assustei, pensei que iríamos receber uma bronca, mas por sorte eu estava enganada, estávamos todos reunidos no convés, para treinar a nossa habilidade com espadas.
A simulação de combate, muito comum em navios pirata, começara. Quem presenciasse aquela cena, iria pensar que um motim* estava acontecendo. Colega atacando colega. Não sei se as “regras” em todos os navios são as mesmas, mas aqui pelo menos, é, e sempre foi (já que Jack segue piamente o que fora estabelecido por Joseph), a regra de não se ter piedade do nosso “adversário” em simulações; Mas quando um homem se ferisse seriamente, a simulação se encerrava. Foi a regra aplicada à mim, anos atrás, quando eu fui atingida pelas costas durante uma simulação. Não comentei aqui, mas como foi doce a minha vingança contra aquele pobre infeliz, eu o fiz passar pelo mesmo que eu, mas eu não fui baixa a ponto de atacá-lo pelas costas.
Hoje, tudo aparentava tranqüilo. Não havia nenhum ferido até o momento, já se passava quase duas horas desde o começo daquilo. Muitos cansaram, e acabaram sendo rendidos por seus adversários, inclusive eu que rendi o homem cujo qual eu estava a batalhar. Só havia mais duas duplas treinando arduamente. Adivinhem de quem? Michael e Jack.
Eu não sei qual a capacidade física de Jack, mas devo admitir que Michael hoje se superou. Será que a presença de Jack, próximo a ele, tem algo a ver com isso?
Minutos depois, ambos adversários, que eles estavam a batalhar, renderam-se quase que simultaneamente.
Quando eu estava me dirigindo à ambos, para desejar as minhas felicitações pelo trabalho duro e levá-los uma garrafa de Rum, bem docinho, eu me surpreendo com algo. Eles ainda não estavam exaustos o suficiente, pelo visto, pois acabaram de começar a travar uma batalha entre si.
Dois grandes batalhadores, movimentos rápidos e ágeis. Golpeadas fortes ao vento. Admito, eu estou boquiaberta perante isso, nunca vi tamanha agilidade em uma batalha, ainda mais, levando em consideração que além de não passar de uma simulação, eles ficaram por duas horas, se não mais, batalhando incansadamente. O brilho do olhar de ambos está diferente, é como se eles batalhassem por algo... Ai meu Deus, porque eu estou com um pressentimento tão ruim? Michael, Jack, parem, por favor! Grito em meus pensamentos.
- Não quero saber.
- Como?
- Foi o que você ouviu, não quero saber de nada que estrague nosso momento. Por favor, mocinha, vamos ficar aqui, abraçados, admirando a natureza.
E assim ficamos, embaixo daquela árvore, namorando, proferindo palavras apaixonadas, um para o outro. Até que chegara a hora de irmos embora. Espero que ninguém tenha percebido que estávamos descumprindo nossas obrigações.
Ao anoitecer, Jack manda um colega nosso nos chamar. De primeira, eu me assustei, pensei que iríamos receber uma bronca, mas por sorte eu estava enganada, estávamos todos reunidos no convés, para treinar a nossa habilidade com espadas.
A simulação de combate, muito comum em navios pirata, começara. Quem presenciasse aquela cena, iria pensar que um motim* estava acontecendo. Colega atacando colega. Não sei se as “regras” em todos os navios são as mesmas, mas aqui pelo menos, é, e sempre foi (já que Jack segue piamente o que fora estabelecido por Joseph), a regra de não se ter piedade do nosso “adversário” em simulações; Mas quando um homem se ferisse seriamente, a simulação se encerrava. Foi a regra aplicada à mim, anos atrás, quando eu fui atingida pelas costas durante uma simulação. Não comentei aqui, mas como foi doce a minha vingança contra aquele pobre infeliz, eu o fiz passar pelo mesmo que eu, mas eu não fui baixa a ponto de atacá-lo pelas costas.
Hoje, tudo aparentava tranqüilo. Não havia nenhum ferido até o momento, já se passava quase duas horas desde o começo daquilo. Muitos cansaram, e acabaram sendo rendidos por seus adversários, inclusive eu que rendi o homem cujo qual eu estava a batalhar. Só havia mais duas duplas treinando arduamente. Adivinhem de quem? Michael e Jack.
Eu não sei qual a capacidade física de Jack, mas devo admitir que Michael hoje se superou. Será que a presença de Jack, próximo a ele, tem algo a ver com isso?
Minutos depois, ambos adversários, que eles estavam a batalhar, renderam-se quase que simultaneamente.
Quando eu estava me dirigindo à ambos, para desejar as minhas felicitações pelo trabalho duro e levá-los uma garrafa de Rum, bem docinho, eu me surpreendo com algo. Eles ainda não estavam exaustos o suficiente, pelo visto, pois acabaram de começar a travar uma batalha entre si.
Dois grandes batalhadores, movimentos rápidos e ágeis. Golpeadas fortes ao vento. Admito, eu estou boquiaberta perante isso, nunca vi tamanha agilidade em uma batalha, ainda mais, levando em consideração que além de não passar de uma simulação, eles ficaram por duas horas, se não mais, batalhando incansadamente. O brilho do olhar de ambos está diferente, é como se eles batalhassem por algo... Ai meu Deus, porque eu estou com um pressentimento tão ruim? Michael, Jack, parem, por favor! Grito em meus pensamentos.
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