5 de Abril de 1619: LEVANTEM-SE TODOS, ESTA NA HORA MARUJOS, QUERO TODOS NO CONVÉS NESTE EXATO INSTANTE! Esses foram as primeiras palavras (se é que posso chamar esses berros de palavras) no instante em que eu acordei, até porque, foi desse modo que acordei. Corri para cima com o intuito de não irritar o capitão Joseph, ele não gosta de lentidão.
Chego ao convés e me deparo com todos os meus companheiros... Um momento, onde está Michael?!
- Pois bem – Diz o capitão – Estão todos aqui?
- Quase todos capitão – Responde Martin, um dos piratas integrantes do Corona – O novato, aquele tal de Michael Jackson não se encontra aqui, entre nós.
- Ah, o novato... Aquele homem tem muita iniciativa e talento, devo admitir, mas devo fazer com que ele saiba onde e com quem ele está lidando. Vou buscá-lo.
- NÃO! – Grito temendo que ele faça algum mal a meu amigo – Por favor, capitão, eu insisto, deixe-me chamá-lo. Eu não me demoro!
- Hum, está certo garota. Mas depressa ou busco os dois à força.
Saio correndo, alguns companheiros riem de mim. Devem me achar uma boba apaixonada... Apaixonada? Não, se eles pensam isso é erro deles, eu não estou apaixonada por este homem... Estou? Bom, isso não é um bom momento para eu decifrar o que se passa comigo!
Entro no quarto de Michael sem nem quer pedir licença, tal ato que de nada adiantaria, pois ele dorme profundamente. Escoro-me na cama dele com meu joelho, e começo a sacudi-lo nada gentilmente: Acorde Michael, você precisa acordar, agora!
Michael abre os olhos e começa a falar ainda sonolento: Ahn? O que acontece? O navio está afundando?
Antes fosse – Eu respondo – O capitão nos espera no convés, e deixar o capitão esperando é a pior coisa que tem, enquanto estivermos cruzando o mar neste navio pelo menos.
Nós subimos correndo ao encontro de Joseph. Michael ainda estava sonolento, esse garoto tinha o sono muito forte. Um pensamento me ocorre, porque eu insisto chamá-lo de garoto em meus pensamentos sendo que ele é mais velho do que eu? Bom, este é outro assunto nada apropriado para tal momento.
- Pois bem, chegaram aqueles que faltavam – Dizia o capitão – Agora ouçam-me. Nós vamos desembarcar aqui, na ilha de Barbados. Saqueiem a tudo e a todos que puderem, entendido?!
- Sim – Gritamos em coro
Partimos em direção a ilha. Não podíamos perder tempo, podiam prever nossa invasão e contra-atacarem diretamente ao pormos o pé na areia, ou até mesmo antes, nunca se sabe.
- Michael, vamos ficar juntos, certo?
- Certo, ele disse.
E lá fomos nós, atacando e saqueando. Ah, é tão bom sentir a adrenalina correndo pelo sangue mais uma vez!
A manhã passou rapidamente, com toda essa empolgação, me esqueci completamente de Michael. Parece que ele não seguiu o meu pedido. Ou será que fui eu que me separei? Bom, o lugar está deserto, vou ir procurá-lo.
Chego a uma parte afastada da civilização. Ouço risadas... Risadas de crianças. Me aproximo mais, e quem eu enxergo? Michael! Michael parara de saquear para brincar com as crianças!
Pra falar a verdade, a bolsa que ele carregara consigo possui uma quantia extremamente pequena de coisas. Ai ai Michael... Joseph não vai gostar de nada disso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário