quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fic: Diário de uma Pirata - Capítulo 9

Que dia é hoje? Estou confusa, confusa e com dor. Não quero abrir os olhos, não ainda. Quero poder me lembrar do que se passou à mim. Eu lembro... Eu admiraa Michael. Eu estava em transe, naquele momento me esqueci de tudo e de todos, inclusive do meu adversário de batalha.
Estico os braços em minha cama, mas... Sinto algo, que não deveria estar ali na beirada, o que seria? Abro os olhos e a escuridão (causada pelo fato dos mesmos estarem por muito, fechados) começa a se esvair e eu enxergo... Uma mão, a mão de Michael!
Sento-me na cama. Péssima idéia, ainda estou com muita dor e acabo soltando um alto gemido, que acorda meu amigo que dormia no chão, escorado em minha cama.
- Moçinha, moçinha! Ele fala nervoso – Que bom que você acordou, como você está?!
Não consigo falar. Estou atônita, ele ficou mesmo cuidando de mim?! Não posso acreditar eu encontraria um homem como ele por esses mares, ele definitivamente não existe.
- Moçinha? Por favor, me responda. Como você está?
- Michael... Você ficou cuidando de mim durante o período de tempo em que eu me encontrava desmaiada?
- Bom, sim... Após você desmaiar, alguns dos idiotas ali presentes começaram a rir. Somente eu, o capitão, o seu adversário e uns... Dois ou três homens se propuseram a ajudá-la.
- Meu Deus... Como eu consegui ser tão distraída a ponto de causar tantos problemas? Cubro o meu rosto com minhas mãos, estou envergonhada.
- Ei, não fique assim. A culpa não foi sua, até os mais fortes, erram. Está é você.
- Está dizendo que eu sou forte? Faz um bem incrível pro nosso Ego ouvir um elogio desses.
- Sim, forte em seu interior e em seu exterior também.
- Jura que você me acha forte fisicamente?
- Claro, a sua força se compara com a que eu tive de usar para te carregar até aqui. – Ele termina a frase com um sorriso de quem está morrendo de vontade de rir.

- MICHAEL JACKSON, ESTÁ ME CHAMANDO DE GORDA?! Grito com um pouco de raiva, mas ao mesmo tempo, com vontade de rir.
- Não lhe chamei de gorda... Lhe chamei de pesada.

Neste momento eu faço uma atitude digna. Jogo um travesseiro com força sobre Michael, que cai deitado no chão e continua rindo, e eu permaneço sentada na cama, encarando-o e esperando por sua reação.
- Ah Moçinha. Não fica assim, você sabe que eu estou brincando.
- A-ham, estou de olho em você garoto, estou de olho em você.

Silêncio. Troca de olhares repletos de sarcasmo e riso contido.

- Ei. – Michael decide se levantar, e me entrega o travesseiro – Já é tarde, vou ir para meus aposentos e deixá-la descansar.
- Ok. – Eu respondi – Mas antes, diga-me uma coisa...
- Claro, o que quer saber?
- Quanto tempo eu permaneci desmaiada?
- Quase dois dias. Desde ontem à tarde, na verdade.
- Hum, obrigada. Boa noite Michael.
- Pra você também.

Esse foi o relato da noite do dia 07 de Abril de 1619.

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