Ainda são 6 de abril de 1619. Joseph convocou-nos para a contagem. Tudo deu certo, apesar dele ter achado que devíamos ter nos esforçado mais. Pareçe que o próprio Michael não desconfiou de nada. Porém só pareçe, pois enquanto me preparava para treinar, ouço-o bater em minha porta. 7 batidas consecutivas formando um ritmo musical. Entre - Grito de frente à minha penteadeira - Boa tarde amigo, como estas?
- Porque fizeste o que fez? Ele pergunta.
Eu me faço de desentendida - Como assim? - Eu digo
- Você sabe do que eu estou falando. Doou parte de seus ganhos para mim, porque?
-Simplesmente porque quero o seu bem, você falhou em nosso ataque, e como já deu para ver, o capitão não é alguém de fácil convívio. Ele não aceita erros.
- Você poderia ter se encrencado.
- Falou bem, poderia. Mas não me encrenquei. Agora, se puder me dar licença, por favor...
- Oh, claro. Desculpe o incomodo.
- Não foi nada.
Michael sai do quarto, e eu me pergunto: O que foi isso? Porque ele se preocupa tanto assim comigo? Bom, deve ser pelo mesmo motivo o qual eu me preocupo com ele, mas... Ah, não tenho paciência para pensar nisso agora. Oh garoto, você mexe comigo.
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Hora do treinamento. Piratas irmãos, batalhando uns contra os outros para aperfeiçoar suas técnicas. Não consigo deixar de admirar Michael, ele tem um gingado incrível, ele pareçe lutar e dançar ao mesmo tempo, é algo hipnotizante.
- Nos olhamos nos olhos um do outro, e sorrimos. Mas o sorriso dele se transforma numa expressão de susto...
- Cuidado! Ouço ele gritar. Seria comigo?
Antes que eu pudesse terminar meu pensamento, sinto uma dor muito forte. Me atingiram pelas costas, caio sobre o chão do convés e vejo alguns amigos e Michael correrem até mim, mas... Eu não consigo, minhas pálpebras estão cada vez mais pesadas. Michael segura minha mão mas... Tudo se escurece.
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