domingo, 10 de outubro de 2010

Fic: Diário de uma Pirata II - Capítulo 4

Nota: Há trechos não recomendados para menores de 16 anos.

Capítulo 4:

Madrugada de 18 de Agosto de 1624. Que terrível experiência a qual vou detalhar à vocês agora, estou triste, estou brava, estou confusa; Vocês já saberão o porque.

Aquele pirata careca, o qual não sei o nome certo, mas parece-me que seu apelido é Lee, me levou para o seu cômodo, desde já de uma maneira ousada, enquanto eu caminhava, ele envolveu o braço em minha cintura; Tentei retira-lo, mas não obtive sucesso. Olho para trás para ver o que se passa com Michael, que é levado por aquela bela pirata loira, chamada Elizabeth (vi alguns piratas falando o seu nome), segue agarrada ao braço do MEU homem.


Ao chegarmos no quarto, fico parada no meio do mesmo, tenho medo de me sentar na cama e ele tentar algo... Então é isso, um pirata com visíveis segundas intenções parado a porta e uma pirata jovem e apaixonada, desejando que a manhã chegue logo.

- Vai ficar aí parada a noite toda? Ele pergunta.
- Talvez, estou bem assim por enquanto. Respondo
Ele se aproxima um pouco: Minha querida, você chegou a pouco de uma viagem cansativa, e importantes decisões serão tomadas pela manhã. Não quer deixar Michael na mão, quer?
- Não, eu... - Estou sem palavras. Além da ironia dele me confundir, ele está se aproximando demais de mim. Ele acabara de envolver seus braços em minha cintura.
- Ei garota, tenho uma proposta irrecusável para você. Ele diz, mudando de assunto.
- Proposta?
- É, proposta. Largue aquele navio decadente, e se una ao conselho. Você terá muito mais poder e autoridade. Podemos comandar os sete mares, juntos, eu e você. O que me diz?
- Só pode estar brincando – Eu falo em voz alta, me soltando dos braços dele – Você acha mesmo, que eu deixaria meus companheiros e meu amado por motivos egoístas?!
- Você é uma pirata. Piratas nem sempre são fiéis aos seus aliados. Se surge algo maior, um pirata inteligente larga tudo e segue em frente. É o ciclo natural das coisas, garota.
- Então eu não faço parte deste ciclo. EU NÃO SOU UMA TRAIDORA.
- É o que veremos. Ele diz, fazendo uma cara de pura malicia. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele avança sobre mim, me puxa para ele e me beija!
Eu tento empurrá-lo para longe, mas não consigo, ele é forte demais.

Quando eu penso que as coisas não podem ficar pior do que já estão, acreditem, elas pioram. Ele começa a acariciar meu pescoço, descendo para os meus seios e em seguida ele me acaricia no meio de minhas pernas!
Eu preciso gritar, gritar por alguém, gritar por Michael, mas eu não consigo me soltar do beijo dele, estou ficando sem fôlego. E parece que essa era a vossa intenção, pois enfim ele cessa, me pega no colo e põe delicadamente na cama.

- Fique longe de mim, senão eu... – Falo com dificuldade, ainda pensando no que dizer.
- Senão você o que? Ele diz prestes a se deitar sobre mim.
Eu pego um pouco de ar nos pulmões, e grito o mais alto que posso: MICHAEL!

Lee, já deitado sobre mim, começa a rir com a minha tentativa de pedir ajuda, ele então diz: Minha querida, o seu amado está passando pelo mesmo que você neste momento, e eu não estou o vendo chamar por você.
Estou atônita de pensar na possibilidade de Michael estar beijando, senão fazendo sexo com outra mulher neste instante.
Meu rosto é virado, de modo que Lee me acorda de meus pensamentos. Com sua mão em meu rosto, ele diz: Se você está sendo traída neste momento, porque não trair também?
Eu não sei o que dizer nem sequer o que fazer. Não sei se eu me debato e tento fugir, ou deixo com que ele faça o que quer comigo. Pois bem, enquanto eu penso, ele já está agindo, desabotoando minha camisa e beijando os meus seios.
O toque... Me lembra o de Michael, mas não é igual. Os beijos e as caricias de meu amado são cheias de amor e carinho. Já as destes pobre coitado, não significam e nem trazem nada, só provam que ele é um ser malvado que está abusando de minha mente que fora confusa pelo próprio.

Um beijo em meu pescoço e ele começa a tirar minha calça... E eu começo a me acordar do “transe”. Eu não posso deixar que ele faça isso comigo. Não só pelo Michael, mas por mim própria; É uma questão de honra. E além do mais, eu posso acabar ficando grávida deste miserável. Não, isto não pode acontecer.
Agora que eu pude observar bem, ao lado da cama, há um vaso antigo, muito bonito, com uma tampa encima. Perfeito!


Eu consigo esticar o braço, discretamente, e antes que Lee fizesse o que ele pretendia fazer, eu o acerto na cabeça! Ele estava tão excitado que nem havia se dado por conta do que se passava ao redor. Eu pulo e corro em direção a porta, enquanto ajeito minhas roupas, ele grita zangado: Volte aqui, imediatamente!
Como se eu fosse obedecer. Eu corro em direção aos aposentos onde vi Michael entrar com Elizabeth.
Eu chego ao meu destino, e olho pela janela... E eu não acredito no que meus olhos estão vendo. Michael... Ele está mesmo me traindo.
Eu desabo, porém me afasto um pouco para não ser vista. Meu Mundo caiu. Como Michael pode deixar isso acontecer?!
Agarro-me em minhas pernas, pego o meu diário que está preso a um cinto, em minha calça, e aqui... Eu narro a minha história, a qual se encontra encerrada. Até a manhã ao menos. Vou me esconder de modo que o sol seja o único que me encontre, para que ele possa secar minhas lágrimas.

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