sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Fic: Diário de uma Pirata - Capítulo 11

8 de Abril de 1619: ... Não consigo correr, estou com muita dor. Chego até a janela e vejo corsários Franceses invadindo o barco. Vejo meus companheiros se preparando para a batalha que logo mais terá inicio.

E quanto à Michael, onde está Michael?! Ele possui um sono pesado, e se algum deles entrar no seu quarto e matá-lo? Ou sequer raptá-lo? Meu Deus, eu não posso deixar ele sozinho, preciso me certificar que ele esteja bem.
Visto minha camisa branca, e pego minha espada, por precaução. Ignoro a dor e vou correndo até chegar às escadas, não posso me deixar abater, não agora.

Quando eu chego até o corredor que liga aos cômodos (Michael tem um quarto só para ele, enquanto os outros dividem entre si um mesmo cômodo), ouço um grito, e é a voz de Michael!
Eu corro, e tenho uma visão horrível da porta do quarto dele. Dois corsários ali estavam, um pegava suas jóias, e o outro mantinha uma espada apontada para ele, que estava imóvel na cama, assustado. Não podem fazer isso, não com o meu garoto!

A essa altura, nem me lembro do meu ferimento, eu parto de meu esconderijo e sigo até o homem que estava diante de Michael, o qual ficou sem palavras a me ver ali.
Batalhamos sem intervalos, sem piscar de olhos. Nosso objetivo era um só, acertar ao adversário, sem piedade.

O seu colega, que até então assistia à tudo, decidiu me atacar pelas costas. Quando eu percebi, poderia ter sido tarde demais, mas não... Michael se levantou e protegeu-me!
Batalhamos em dupla, uma mão ajudando à outra; Eles queriam que os seguíssemos até o convés, onde provavelmente, iriam pedir reforços aos seus amigos porque não estavam dando conta. Porém não deixamos que eles prosseguissem, Michael realiza um movimento incrível, ele da giros, confundindo à um deles, atingindo-o no mesmo lugar em que eu fui atingida. Michael poderia te-lo matado, mas deixou ele apenas, imobilizado, desmaiado.
E quanto ao outro, que veio por cima de mim, não pensei duas vezes, acertei no primeiro lugar que minha espada se direcionou, atingindo o tórax dele. Talvez tenha perfurado um pulmão, Michael me olha com um olhar surpreso, mas ele não fica muito deste jeito, pois logo temos de correr até o convés para ajudar nossos companheiros.

Chove forte, vejo alguns de nossos adversários caídos no chão, e alguns de nossos homens também. Uma cena triste de uma guerra no mar. E eu faço parte dela.
Eu e Michael logo começamos a batalhar, a dor em meu abdômen me atrapalha um pouco, mas tenho de me concentrar.
A batalha está instável, eu e Michael vencemos os adversários o qual lutávamos, mas à muitos outros batalhando em nosso redor, e alguns deles descansando, enquanto olham para nós, provavelmente planejam um ataque à nós, uma garota ferida, que já batalhou demais e está cansada, deve ser nisso que estão pensando, e talvez estejam certos.

- Mocinha. Diz Michael.
- Sim?
- Eu, eu... Preciso te dizer uma coisa.
- Pois bem, diga.
- Caso, nós não sairmos vivos daqui, eu quero que saiba que eu, que eu...
- Que você o que? Fala logo Michael.
Michael fica durante cinco segundos parado, até que então em um brusco movimento, ele me pega pela cintura e me junta contra o seu corpo, e aí então me beija. Um beijo quente e com muito romance em seus lábios. Nunca um homem me beijou assim antes, Oh Michael...
- Mocinha – Michael diz, temeroso em soltar de meus lábios – Eu amo você.

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