6 de Abril de 1619: Hoje Joseph vai convocar um por um, para saber os ganhos de ontem em nossa invasão à Ilha de Barbados. Estou nervosa, Michael conseguiu muito pouca coisa porque não se dedicou à nossa ação. Eu consegui bastante coisa... Acho que posso fazer uma pequena doação a meu companheiro.
Está por amanhecer, todos no navio dormem. Pé-ante-pé vou até os aposentos de Michael, ele está dormindo. Desse jeito vou me acostumar a invadir o quarto dele – Penso.
A sacola dele encontra-se ao lado de sua cama onde ele dorme. Preciso tomar muito cuidado para não me deixar ser ouvida. Paro lá e ponho coisas de maior valor que consegui em meio às dele. Deixo nossas sacolas com proporções muito semelhantes.
Agora me viro para sair do quarto, mas... Michael fica lindo dormindo, é inevitável não ficar parada admirando-o. Faço um carinho em sua cabeça dizendo: Durma bem, meu amigo.
Só que, antes que eu possa deixá-lo... Algo me impede, ou melhor dizendo, ele me impede!
Ele ergue o braço, e segura minha coxa! Sim, ele ainda está dormindo.
Um arrepio percorre meu corpo, é uma sensação ótima, diferente de minha situação, que é péssima; Se eu retirar a mão dele é capaz dele se acordar, e eu não quero que ele saiba a razão que me trouxe aqui, e eu minto extremamente mal.
Meu Deus, e agora, o que eu faço?
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Estou aqui, parada ao lado de Michael que me assegura minha coxa. Terei de arriscar, não posso ficar aqui parada.
Quando eu vou retirar sua mão... Ele me belisca! O que será que este garoto está sonhando?
Bom, terei tempo para pensar nisso depois, ele me solta e se vira na cama.
Saio correndo na ponta dos dedos, com medo que alguém me veja, e adentro meu quarto! Operação realizada com sucesso. Ou quase realizada, resta aquele capitão velhaco não descobrir o que aconteceu... Vou voltar a dormir, e a tarde, descobrirei se a aluna foi capaz de enganar o mestre.
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