quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fic: Diário de uma Pirata II - Capítulo 7

18 de Agosto de 1624. O Senhor Sparrow se aproxima de nós. Primeiro ele dá um aperto de mão em Michael em silêncio, depois vem até mim e faz um cumprimento diferente. Ele se ajoelha no chão, beija minha mão e diz:
- Vai ser um prazer tê-la ao meu lado nessa aventura, senhorita.

Uau! Hoje é um dia repleto de surpresas, e ainda estamos no inicio da tarde, creio eu.
Sem me dar por conta, eu sorrio ao ouvir aquelas doces palavras vindas de Jack, o problema é que, Michael nota meu rápido sorriso e dá de costas, voltando ao Corona, sem se despedir ou sequer pedir permissão para se retirar. Se Lee não compreendesse (e não tivesse ajudado a causar) tal situação, e Michael fizesse tal ato, tenho pena pois ele teria sido torturado pela Guarda dos piratas do conselho, que estaria à postos para combater qualquer falta de educação perante à aqueles de força maior.

As cordialidades com o Conselho são feitas e então finalmente desembarcamos. Jack pede que eu o mostre onde será o seu aposento, antigo quarto do Capitão Joseph (à propósito, eu estava aqui pensando, tanto o Michael quanto o Jack são extremamente mais novos que nosso antigo capitão, e também quanto aos capitães de outras embarcações... parece que o meu “amigo” Lee nos abriu uma exceção).
Levo meu novo capitão ao quarto, e antes que eu pudesse me retirar, à poucos passos de sair do quarto:

- Espere – Diz Jack pondo a mão em meu ombro.
Estou corada e sem jeito... Porque eu estou assim com este homem? Eu mal o conheço, e alem do mais, eu tenho um namorado que eu amo. O odeio neste momento, mas ainda sim, eu o amo.
Ele ri de minha expressão, tenho até receio de imaginar, a cena deve estar sendo patética. É melhor eu dizer algo.
- O senhor gostaria de algo? Comida, bebida, respostas...
- Sim, eu gostaria... – Ele responde aproximando-se de mim.
Eu não acredito, será que ele vai ousar me beijar?!
- Eu gostaria de uma garrafa de Rum. Ele termina o pedindo esboçando um enorme sorriso no rosto, sinal de que ele estava fazendo aquilo de propósito para me testar. Primeiro o Lee e agora isso, onde é que eu fui me meter, senhor?
- Sem problemas, irei à adega buscar. Digo com uma entonação de voz forte, esboçando parte de minha raiva para com o jogo de sedução de meu capitão.
- Senhor, senhor. Que surpresas mais me faltam acontecer neste dia 18 de agosto?! Penso em voz alta enquanto desço as escadas.



Entro na Adega, à qual eu organizei e limpei alguns dias atrás, é nestas horas que uma tripulação necessita de uma mulher a bordo. Eu pego uma garrafa de Rum para Jack e... Ruídos. Ouço ruídos vindos daqui. Ninguém dos bêbados que habitam neste navio ficaria aqui bebendo às escondidas, por quê? Será que temos um inimigo a bordo?!
Saco minha espada, e vou pé ante pé até o local de onde vem esse ruído. Nunca havia notado o quão grande é essa adega... Bom, deve ser o nervosismo.
Pulo rapidamente, apontando minha espada em direção à seja lá quem for que estiver lá (claro que, tomando cuidado para não atingir de imediato, pois pode ser um amigo). Eu volto à mim e descubro que este dia não acaba tão cedo, quem eu vejo ali, assustado pela minha chegada, é ninguém menos que Michael, pelo seu estado, já bebeu quase,
senão duas, garrafas.

- Michael Jackson! O que está fazendo?! Grito colocando minha espada de volta à bainha. – O senhor nunca foi de beber, porque está ai, jogado se embebedando que nem este bando de bêbados que vivem neste navio?
- Garota, eu, eu... – Ele diz quase caindo.
- Você o que Michael?
- Eu percebi que, você... Me odeia... Por isso vá ficar com aquele tal de Jack... E eu volto para os braços da Eli... Antes que termine sua frase, ele cai dormindo.
Que raiva, que ódio! Eu juro que se eu não fosse alguém consciente eu matava este garoto neste exato instante! Eu sei que ele está bêbado e o álcool mexe com o raciocínio das pessoas, mas... Não consigo deixar de odiá-lo. Eu amo, mas o odeio tanto. E ao mesmo tempo, me odeio por amá-lo dessa maneira.

Pego a garrafa de rum de Jack e sigo em direção à seus aposentos, em meu caminho encontro meu fiel confidente, o Senhor Gibbs. Um pirata de estatura não muito alta, uma barba volumosa e grisalha. Um bom amigo, posso dizer. Ele está aqui não faz muito tempo.



- Ei amigo!
- Diga, senhorita.
- Michael caiu bêbado lá na adega... Poderia pedir para alguém ajudar a leva-lo pro quarto dele.
- Como? Michael Jackson? Tem certeza do que está dizendo.
- E eu diria tal coisa sem ter certeza?
- Eu sei que não, mas parece meio difícil de se acreditar. Pois bem, não preferes que ele seja levado para o seu quarto, para que, a senhorita cuide dele? Ele termina a frase com um olhar malicioso.
- Não, obrigada. Eu quero distancia dessa praga!
- Praga?! Garota, está havendo algo que eu deva ficar sabendo?
- Incômodos pessoais, senhor Gibbs. Não se preocupe com isso, agora tenho de levar rum ao Jack.
- Bom, está certo.

Nos descruzamos e eu finalmente chego ao meu destino. Jack está sentado à mesa, lendo alguns papéis, que provavelmente não são do meu interesse.
- Seu rum, senhor Sparrow...
- Obrigado minha cara – Ele responde – Sem querer parecer chato, poderia me dar licença? Preciso estudar algumas coisas para repassar à vocês amanhã.
- Oh... Sem problemas. Foi um dia exaustivo, vou à meus aposentos repousar.

Assim, eu entro em meu quarto e me jogo na cama. É noite, vou descansar pois, amanhã um novo mar será cruzado em minha vida.

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